sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Mais uma do jornalismo fantástico

Japonesa é presa por "assassinar" ex-marido virtual

A mulher foi presa por acessar o computador alheio e manipular informações.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Democratas versus Republicanos versus Meu ouvido II

Esta é curta.
Saiu no portal G1-Globo news:

Churrasqueiro brasileiro do Texas critica projeto econômico 'socialista' de Obama

Eu li a reportagem, ele, na qualidade de médio empresário, acredita que o aumento de impostos vai ser repassado para os custos que são pagos pelo público.
Eu queria saber o que isso agrega a discussão?

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Absurdos jornalísticos

Vamos fazer um teste.

1º Situação: Diante de um desastre natural (terremoto, inundação, maremoto ou tiroteio no morro - isto já está quase sendo classificado como evento da natureza), um repórter entrevista o único sobrevivente de uma família que por acaso do destino sobreviveu. A pergunta do repórter é: "Como o senhor está se sentindo sendo o único sobrevivente da sua família e perdido tudo no desastre?" Qual vocês acham que vai ser a resposta do sobrevivente:
A) Choro compulsivo de tristeza e olhar perdido nos escombros.
B) Com sorriso no rosto ele diz que isso é uma fatalidade, mas que a vida continua.
C) Faz os cálculos para o repórter de quanto vai receber de seguro e conclui que vai poder viver de renda numa linda mansão.
D) Quebra a cara do(a) repórter por fazer uma pergunta absurda dessas.

2º Situação: Um indivíduo e solto, depois de ficar dois anos preso injustamente, e, mesmo com os amigos abraçando, a familía em prantos beijando, dificultando para que o reporter faça a pergunta, ele pergunta: "Como foi para você, sofrer todo o terror e tortura de estar injustamente na cadeia?" A resposta do indivíduo seria:
A) Choro compulsivo de alegria e gritos de "justiça"
B) Com sorriso no rosto ele diz que ele/ela é masoquista e que esse período foram 2 anos de prazer indescritível.
C) Comenta que foi um acaso do destino, que o Sistema penal e penitenciário não tem falhas e que pôde aprender como fazer placas de carro e que não irá processar o Estado.
D) Quebra a cara do(a) repórter por fazer uma pergunta inoportuna dessas.

3º Situação: Por um motivo ainda inexplicado, uma criança de 2 anos morre numa creche. Os pais souberam da notícia e acabaram de sair com a criança nos braços, em pranto e desesperados. O(A) repórter corre atrás deles e pergunta "Vocês podem explicar como é a dor de vocês nesse momento?" Escolha a resposta do casal:
A) Choro compulsivo de tristeza correndo ainda mais
B) Com sorriso no rosto do casal, eles param e respondem que a morte é algo natural e que agora eles terão espaço para fazer um escritório no quarto vago.
C) Acontece, esse é o terceiro, os outros dois, um nós esquecemos dentro do carro fechado por dois dias e o outro jogamos fora com a fralda suja.
D) Quebra a cara do(a) repórter por fazer uma pergunta inadequada dessas.

4º Situação: Após presenciar o estupro seguido de assassinato da esposa, o reporte pergunta ao marido "Você pode descrever como ocorreu a situação?". O marido responderá:
A) Choro compulsivo de tristeza, olhar perdido e murmúrios de justiça
B) Calma e tranquilamente ele detalha o ocorrido com termos técnicos até o último suspiro da esposa.
C) Informa que não poderá revelar, pois vendeu a história para uma produtora de filmes pornos, se alguém quiser conhecer a história assistam: "Fiquei corno e viúvo... Mas fiquei rico"
D) Quebra a cara do(a) repórter por fazer uma pergunta absurda dessas.

Eu tenho certeza que você encontrará, sem muito dificuldade, outras situações parecidas com essas. Eu gostaria de saber na onde é desenvolvida a insensibilidade pela desgraça alheia, na faculdade de jornalismo ou nas empresas jornalísticas?

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Democratas versus Republicanos versus Meu ouvido

Não tenho tido muito tempo de acompanhar jornais de TV ou de papel. Nesse ano de eleição, infelizmente também não consegui ver no mínimo uma vez a propaganda política para candidatos a prefeitura e a câmara de vereadores. Antes que alguém fale alguma coisa, eu acredito que tenha que assistir pelo menos uma vez, para dar chance aos candidatos de me darem esperança, ou em último caso, boas risadas. Mas, apesar de ser brasileiro e não ter nenhuma linhagem norte-americano, eu me sinto forçado a querer votar no Barack Obama!

Entendo que os Estados Unidos da América é uma grande potência, é uma forte influência (imposição) cultural, econômica e política no mundo. Mas eu não aguento mais!

Fui obrigado a acompanhar a disputa Hilary versus Obama, informado sobre o discurso do Obama na Alemanha (deve ser essa idéia de xerife do mundo que faz candidato fazer campanha até em outro país). Tenho certeza que se procurar na internet, acho uma tonelada de notícias sobre a disputa presidencial dos Estados Unidos, mas não sei se teria a mesma facilidade para achar informações sobre a disputa da minha cidade. Quando você faz a busca pelo google para: disputa presidencial estados unidos, na web toda você encontra 1.240.000, só páginas do Brasil 50000. Quando é para: disputa prefeitura minha cidade/estado, na web 22.600, no Brasil 67.100. A minha cidade é grande, tem maiores e bem maiores, mas mesmo assim. Tem quase tantas notícias sobre a disputa da presidência dos Estados Unidos comparado a da prefeitura da minha cidade.

Eu tenho uma parte de notícias na minha página inícial, hoje tem um comentário de como é o ataque do McCain aos democratas. Mas não fala de nenhum dos candidatos da 1ª eleição em Angola após 16 anos.

Que pena que a urna agora é eletrônica, se fosse de papel eu poderia escrever Barack Obama

domingo, 31 de agosto de 2008

Tietagem

Nunca fui muito adepto de possuir ídolos, nunca tive essa vontade, não via a necessidade de autógrafos. Mas aprendi o prazer da tietagem na sexta-feira, 28/08. Consegui um autógrafo do Luis Fernando Veríssimo!

Comecei o contato com o trabalho dele quando encontrei textos na Veja. Incentivado pela minha mãe, que deve ter adorado ver o filho interessado em ler, comecei uma coleção destes textos. Sempre que podia, tirava a página da revista e posteriormente pude montar uma pasta com os que possuía. Um bom tempo depois eu pude ler o Comédias da Vida Privada e de tanto relê-lo a lombada comecou a desfazer. também Mentiras que os Homens Contam e Comédias para Ler na Escola. Dos romances só li o Clube dos Anjos. E agora estou lendo O Mundo é Bárbaro.

Até sexta-feira só tinha visto algumas entrevistas dele, mas nunca o tinha encontrado pessoalmente ou com alguém que o tivesse feito. Como ele é uma celebridade, estava com receio dele ter o comportamento de tantas que tem por aí, arrogante, convencido e chato. Mas decidi arriscar e me organizei para enfrentar fila. O evento começaria às 19:30, eu consegui ser o primeiro da fila às 18:50. Estava preocupado pois não sabia quanto tempo ficaria de pé, já que celebridades acham chique chegar atrasado. Mas as 19:10 ele passou pela mesa onde seriam dados os autógrafos, a funcionária que o acompanhava pediu que eu esperasse. Minha
consideração já aumentou simplesmente pelo fato de que ele não estava atrasado. Pontualmente ele sentou na cadeira para iniciar a noite de autógrafos. Comentei com ele que uma das histórias dos recortes estava incompleta disse o nome e um pequeno resumo e ele lembrou do que se tratava. Isso é incrível considerando que ele escreveu há mais de 20 anos, o texto é de 1985, e que ele escrevia toda a semana para a Veja. Pedi para tirar uma foto e ele permitiu.

Sai da fila e fiquei tirando outras fotos, quando percebi que a esposa dele estava ali também, conversando com conhecidos deles. Decidi que iria tirar um foto dela, esperei até que terminassem a conversa e pedi que ela posasse. Ela prontamente concordou e perguntou sobre a minha pasta e eu falei do texto que faltava na minha coleção, ela me disse que tinha todos os textos encardenados e que se eu falasse para ela a data que ela providenciaria de me mandar uma cópia colorida. Fiquei conversando com ela e outras duas pessoas até o evento acabar, seu nome é Lúcia e ela nos contou histórias sobre a família, textos supostamente do Luís Fernando divulgados na internet e outras.

Me encantei com a simpatia da Lucia e, apesar de tímido, disposição do Luís Fernando de atender os seus leitores. Por exemplo, um pai pediu que o Veríssimo ligasse para o filho, pois este tinha participado de um projeto escolar que tinha tido apoio do escritor, ele aceitou e falou com o menino por uns dois três minutos. Pessoas famosas deveriam agir dessa maneira, mostrarem respeito aos fãs e aos horários. Talvez se todos agissem dessa maneira, não teriamos tantos problemas de fãs obcecados.

Definitivamente sou fã, não só do Luís Fernando Veríssimo, pelas suas obras, mas também de sua esposa Lúcia, pela simpatia e sinceridade.
Já não bastasse isso tudo na hora de tira a última foto, alguém se ofereceu para tirar deles comigo e a Lúcia sugeriu que eu ficasse no meio e falou que eu era o filho adotado deles. Agora eu posso dizer que faço parte da família Veríssimo. Que responsabilidade!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Patrimônio

Recentemente aprendi o como calcular o patrimônio de uma empresa e foi isso que me surpreendeu. Explicando:
- O patrimônio de uma empresa é determinado pelos bens que ele possui menos suas dívidas.

Quando se fala de bens, estamos nos referindo a dinheiro, imóveis, contas a receber e outros no mesmo gênero. Sobre dívidas colocamos pagamento a fornecedores, despesas, salários e outros.

Esse conceito de patrimônio não é novo e apesar de muito ser dito sobre o valor do indivíduo, da valorização necessária das pessoas, para você que trabalha, que contribui e que até veste a camisa da empresa, sua força de trabalho não é considerada patrimônio da empresa (a não ser é claro que você seja uma "propriedade").

Quando é necessário a reengenharia e o"downsizing" (considerando o contexto: enxugamento. Uma tradução bem livre) da empresa, porque os acionistas não estão obtendo tanto lucro. Você, é mandado embora, claro que se você for um bom empregado, algumas empresas tentam te realocar. Mas na maioria, você só é mais um número.

Números não tem necessidades, contas pra pagar ou sonhos a conquistar. Números são crédulos pois quando a magnânima empresa pede para que eles vistam a camisa, façam sacrifícios, aumentem a produção, evitem ficar doentes em dia de trabalho, não dêem importância a assuntos familiares, deixem todo e qualquer sentimento que possa atrapalhar a produção fora do ambiente de trabalho e se sintam motivados mesmo com o salário baixo e a falta de possibilidade de crescimento e participação das decisões, os números acreditam e alguns até se sentem importantes por ajudarem a empresa. E quando os números tem uma necessidade inevitável e necessitam de um favor daquela empresa que eles tanto ajudaram, o pedido é negado! Existem regras e elas não são flexíveis!

Existe um consenso que para você conseguir sucesso no emprego, tem que fazer mais do que esperam de você. A palavra nova é pró-ativo. Concordo que se todos tivessem essa idéia, o trabalho seria muito mais fácil, tranqüilo e produtivo. Mas pra que ter essa mentalidade se o reconhecimento e uma melhor divisão dos lucros nunca aparecem.

Esse conceito de "número" que me incomoda, a mentira que dizem pra você, sobre sua importância na empresa, também. A produção ainda não é independente de mãos humanas. Quando que a minha capacidade vai ser valorizada?

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Paternidade

Vejo com muita alegria o aumento de 4 para 6 meses da licença maternidade. Acredito realmente na importância da presença da mãe para a criança. Mas, além de achar que ainda é pouco, tenho outra dúvida que gostaria de colocar depois de alguns fatos.

Por muito tempo o papel da mulher na sociedade foi secundário, se não terciário. Mulheres que influenciaram os eventos da Humanidade ou estavam por trás de algum homem, ou arriscaram suas vidas defendendo aquilo em que acreditavam. Entretanto, muitas ainda não tinham como mostrar sua opinião ou deixar de ser consideradas simples objetos de procriação e cuidar das crias. Com muita luta e com muita dor conseguiram votar, participar do mercado de trabalho, buscar mudar a sociedade. Infelizmente ainda existem, violência, desrespeito e discriminação no mundo.

Sou contra toda e qualquer discriminação, no caso das mulheres, a única diferença que vejo para com os homens é biológica e não justifica nenhuma consideração de inferioridade e incapacidade.
Mas, chegamos mais próximo do ponto que eu quero discutir, as mudanças provocadas pelo maior reconhecimento da igualdade da mulher, tem conseqüências que parecem ocorrer de maneira silenciosa, pois o grupo afetado não queima sútias em praça pública, não é obrigado a usar burka, não é considerado errado simplesmente por ter nascido dessa maneira. Existe um grupo de homens, cada vez maior, que acompanhando essa liberação feminina, sentem-se também mais livres, pois nunca acharam-se o sexo forte, viviam reprimidos por esconder seus sentimentos, gostam de receber flores, gostam de abraçar seus filhos e dizer que os amam. Eu me sinto parte desse grupo, me emociono em filmes sentimentais, choro quando estou triste ou muito alegre e não tenho vergonha disso, não me sinto inferior por ajudar em casa nas tarefas domésticas, não acredito no monopólio da responsabilidade do lar, acredito em cooperativas.
Contudo o ponto que eu quero discutir é, pretendo ser pai um dia, me revolta, o fato que licença paternidade e só de cinco dias úteis. Eu pesquisei e consegui as seguintes informações:

Sobre licença-paternidade:
"Nos termos do art. 7º, inciso XIX da CF/88 c/c art. 10, § 1º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da CF/88, o prazo de licença-paternidade é de cinco dias.

A concessão dessa licença representou uma enorme inovação na Constituição de 1988, já que antes, nenhuma Constituição Brasileira tratava sobre o tema, sendo assim considerado um avanço na ordem jurídica, pois, apesar de guardar forte analogia com o que já havia sido legislado, ampliou o disposto no artigo 473 da CLT, elevando a matéria a nível constitucional.

A licença-paternidade possibilita o trabalhador ausentar-se do serviço, para auxiliar a mãe de seu filho, que não precisa ser necessariamente sua esposa, no período de puerpério (período que se segue ao parto até que os órgãos genitais e o estado geral da mulher retornem à normalidade) e também registrar seu filho."

(Fonte: http://guiadobebe.uol.com.br/planej/licencapaternidade.htm)

Sobre puerpério:

Puerpério é o nome dado à fase pós-parto, em que a mulher experimenta modificações físicas e psíquicas, tendendo a voltar ao estado que a caracterizava antes da gravidez.

O puerpério se inicia no momento em que cessa a interação hormonal entre o ovo e o organismo materno. Geralmente isto ocorre quando termina o descolamento da placenta, logo depois do nascimento do bebê, embora possa também ocorrer com a placenta ainda inserida, se houver morte do ovo e cessar a síntese de hormônios.

O momento do término do puerpério é impreciso, aceitando-se, em geral, que ele termina quando retorna a ovulaçao e a função reprodutiva da mulher. Nas puérperas que não amamentam poderá ocorrer a primeira ovulação após 6 a 8 semanas do parto. Nas que estão amamentando, a ovulação retornará em momento praticamente imprevisível. Poderá demorar até 6 a 8 meses, a depender da freqüência das mamadas. Isto impõe, entre outras medidas, a adoção de método anticoncepcional adequado.

O puerpério é dividido em três fases:

• Puerpério imediato (do primeiro ao décimo dia).

• Puerpério tardio (do décimo ao quadragésimo quinto dia).

• Puerpério remoto (além do quadragésimo quinto dia, até retornar a função reprodutiva da mulher).

(Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Puerp%C3%A9rio)

Pela lei, nós homens, deveriamos ter 45 dias de licença-paternidade e não 5 dias úteis. Mas é a interação entre o pai e o bebê? Pai é só aquele que registra? Eu quero ter tempo para ficar com a minha criança, quero que ela me reconheça, saiba meu cheiro, quero trocar a fralda, dar banho, por para dormir, brincar, fazer rir e tudo mais. Não acho justo voltar do trabalho e somente nesta hora, quando eu estiver cansado e o bebê já estiver na hora de dormir, eu poder dedicar o meu amor. Ou pai dedicado é só aquele que acorda de madruga para verificar o porque a criança está chorando? Não quero ser aquele pai que chega do trabalho e senta no sofá para ver o jornal do qual as crianças tem medo de contar o que aconteceu no dia, um pai distante. Quero acompanhar minha criança no seu desenvolvimento, quero que ela saiba que me sinto responsável e feliz tanto quanto a mãe dela. Posso não ter ficado grávido, posso não amamentar, mas não me sinto menos importante.

Espero que ache algum político disposto a fazer essa mudança.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

FAÇA-SE A ESCRITA!

Bem vindos!

Apesar de muito relutar, por acreditar não ter tempo a adequada dedicação, enfim tenho um blog. Nos últimos dias percebi que gostaria de um espaço para colocar minhas opiniões sobre alguns assuntos que surgiram, ou sobre conclusões que cheguei, assim sendo criei Livre opinião liberta.
Como acredito que a discussão sadia pode gerar conceitos novos e melhoria do convívio, esclareço desde já, que todas as postagens estão abertas a comentários, mas declaro que aos comentários não coerentes com o assunto, reservo-me o direito de retirá-los, como também qualquer comentário que considere ofensivo. Defendo a liberdade de expressão, mas também defendo a discussão coerente e a responsabilidade pela ação. Explicando, se o assunto é sobre árvores, todos comentários sobre peixes serão retirados (a não ser que tenham uma lógica explicada que justifica a coerência), com também serão retirados todos aqueles que simplesmente digam que todas as árvores são rebentos de meretriz, ou outras metáforas de mesmo aspecto.
Não tenho como objetivo agradar ou desagradar ninguém, espero sim, juntar pessoas para, através do diálogo, moldar uma sociedade melhor.

Gostar ou não gostar de algo

Outro dia, eu vi uma reportagem na televisão sobre pessoas que não gostam de histórias como Guerra nas Estrelas. E a frase de um dos entrevistados foi: "Eu não entendo porque as pessoas gostam desse tipo de história."
Gosto não é pra ser entendido ou permitido, é pra ser aceito como parte integrante do indivíduo e tem que ser respeitado. Sou completamente contra a frase "Quem não gosta de samba, bom sujeito não é. Ou é ruim da cabeça, ou doente do pé." Sou a favor da: "O que seria do azul, se todos gostassem do vermelho."
Concordo que é possível apreender a gostar de algo, principalmente quando se é criança e o meio influencia. Mas tirando a influência, depois da formação do caráter, o indivíduo apresenta gostos além do meio. Se durante o processo de crescimento, as preferências são forjadas pelas experiências ou se é algo inato não explicado, eu não sei, mas independente disso, gosto é pessoal.
É possível encontrar grupos que gostem do mesmo que você, mas mesmo dentro desses grupos você ainda acha diferença entre intensidade e motivação.
O problema mesmo não é a pessoa não entender porque o outro gosto disso ou daquilo. O problema e o rótulo. Mulher que gosta de mecânica é sapatão, homem que gosta de rosa é gay, como assim você homem brasileiro não gosta de futebol?
Rotular é só mais um tipo de preconceito e não aceitar que o outro goste daquilo que você não gosta é só mais um tipo de intolerância.
A única ressalva que eu faço é, já que gosto é pessoal e que você tem todo o direito de gostar do que você quiser, não significa que todo mundo tem que saber disso, então por favor, não escute música muito alto, não extravasse todo sua raiva com o juiz quando estiver assistindo futebol na televisão e outras situações.

Obrigado pela sua atenção.